“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que…”

… Estou de volta!

Quanto mais o tempo passa, centenas de coisas surgem pra fazer, o tempo parece ser curto e nossos compromissos e metas vão aumentando. E por mais que realizamos o que vem sendo planejado, nunca damos conta do recado. Sinal de que a vida não para e de que somos capazes de fazer tudo e muito mais!

Amizades vêm, amizades se vão. Amores vêm, amores se vão. Mas nada é terrível ao ponto de a vida não ter mais sentido. Cada ser/coisa é única e ninguém é melhor do que ninguém.

Estou profunda, já percebeu? HAHAHAHA

Quer saber como estou… Estou bem, mas com gripe. Isso me deixou desmotivada a escrever. Só que hoje foi diferente… Hoje me fizeram lembrar que preciso voltar a ser feliz escrevendo. Sou grata a isso.

Então me lembrei que fui ao asilo fazer trabalho voluntário e que não contei aqui. Estava tudo certo pra eu cortar os cabelos, porém não entendi a falha que ouve e acabei tendo que fazer as unhas das senhoras, já que outra pessoa esteve como cabeleireira. No entanto, o que valeu de verdade foi à experiência de poder tirar sorrisos dos rostos daqueles idosos, esquecidos numa poltrona… Ouvir histórias e conselhos sábios.

Uma história que achei super marcante foi duma senhora da mesma idade que euSó que alterando a ordem dos algarismos, é claro 😉 Ela tem 91 anos, linda, cabelos grisalhos, óculos estilo professora (isso, ela foi professora), solteira… Não quis casar e estava me contando que se arrepende de não ter escolhido a companhia de um marido… Já que poderia ter tido filhos e hoje não dependeria de parentes mais distantes… Teria o amor que havia transferido aos filhos desde pequenos e um companheiro.

ACHEI marcante a conversa que tive com ela. Espero ter ajudado com palavras de apoio, já que fazia um dia que estava lá e isso a deixava triste e sem vontade de viver.

Agora, o que me deixou mais feliz e renovada foi ter ido à casa de um senhor, pai de um conhecido da família, que já está bem fraquinho, com doenças e como ele estava com o cabelo sem cortar e sair de casa é complicado… Ofereci para fazer o corte. Ele deixou.

Nunca havia conversado com ele, pois dizem que não ouve direito… Então não gosto de ficar falando alto. Mas o que admirei foi a conversa que tive com ele enquanto cortava seu cabelo no quintal da casa…

Contou-me que também foi cabeleireiro… E aquilo era a coisa mais gostosa do mundo que ele já tinha feito, pois estava com pessoas ouvindo boas histórias e sendo útil pra muitos moradores das colônias. Eu ia falando num tom de voz normal e via que ele estava me ouvindo…

Aquele senhor que estava triste e quieto no canto parecia que não existia mais… Um corte de cabelo o transformou por incrível que pareça. No fim ele estava todo sorridente… Nossa foi tão mágico. Não sei explicar. Só sei que ter dado um corte de cabelo de presente nunca foi tão bom como esse. O PRESENTE maior talvez ele tenha me dado: vontade de fazer o bem e de ser uma profissional de verdade.

E o meu pai, na sala próxima ouvia nossa conversa de tagarela onde não ficávamos sem abrir a boca e depois me disse completando o meu dia:

– Ana, achei tão bonito o que você fez hoje! 

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